Homenagem para Juju

Alegria de mãe é ver os filhos crescendo, alcançando seus objetivos. Semana passada foi a missa de formatura da minha filhota. Emoção pura!!! Tirando o nervosismo pelo atraso, pois ela foi se arrumar na casa da prima, resolveram tirar umas fotos e quase perde a entrada da cerimônia. Eu de cabelos em pé na porta da igreja, ligando pra todo mundo atrás dela. Desespero de mãe, no final tudo deu certo. Após a missa, os alunos mais antigos receberam uma homenagem da escola e lá foi Juju receber sua plaquinha, afinal foram 14 anos estudando na mesma escola. Eu só lembrava do primeiro dia, ela tão pequenininha, olhar assustado, sentada num banquinho esperando a entrada, as perninhas balançando sem encostar no chão. Eu nervosa, do lado de fora da escola grudada na grade que nos separava, meio escondida observando atenta minha menininha. Ultimamente ando assim, numa nostalgia sem fim, morrendo de saudade dos meninos pequenos... coisas de mãe!

Mãe coruja

A vontade é de gritar para o mundo: MINHA FILHA PASSOU NO VESTIBULAR!!! Nada mais feliz que ver as realizações dos filhos, eu como boa mãe coruja que o diga. Não foi na Federal nem na Católica, mas para um ano catastrófico no quesito notas do colégio, fiquei tão surpresa quanto emocionada. Definitivamente não esperava. E a danada saiu-se super bem. Estou me sentindo novamente com 120 quilos... puro inchaço de tanto orgulho!

Medo de roleta

Não que eu andasse muito de ônibus. Só a idéia de pensar em passar na roleta já me desanimava. Tinha medo de ficar entalada. Quando ia a algum show já ia tensa por causa da maldita. Depois não houve jeito. Colocaram uma roleta na porta da padaria em que eu vou todos os dias. Aí já era demais!!! Então desenvolvi toda uma técnica para passar por ela. Levantava a bolsa bem alto (isso é muito importante. Dois corpos não ocupam ao mesmo tempo o mesmo lugar no espaço. É física!!!), ficava na ponta dos pés e empurrava de uma vez. O problema é que quando não achava o que procurava, tinha que voltar pela mesma roleta de entrada. Impossível, já que o espaço se reduzia a metade. Todas as vezes que isso acontecia, comprava qualquer bobagem para não ter que passar pela roleta de volta. Das coisas que só uma pessoa obesa pode saber... medo de roleta!!!

Pedido de casamento

Fiquei roxa de inveja!!! Quero ser pedida em casamento assim também. E quero acordar lindinha assim todos os dias. E quero essa música tocando na cerimônia. E quero essa igrejinha linda. E se não for pedir demais, quero esse noivo pra mim!!!!!!!!!!!

***Minha amiga falou que o máximo que vou conseguir é uma máquina igual a essa. Tudo bem, fiquei conformada...

Hiroshima e Nagasaki

Escuto milhões de vezes que mudar o corpo é fácil, difícil é mudar a cabeça de um gastroplatizado. Eu sou prova viva disso. Isso explica meu Domingo. Filho e namorada vieram me visitar, aproveitando o fim de semana prolongado. Então começamos o dia com um farto café da manhã. Pães, queijo, presunto, biscoito de queijo, suco. Isso às dez horas da manhã. Uma hora da tarde, hora do almoço. Canelone recheado feito por mim. Saímos para o shopping, filho estava precisando de roupas e... um lanchinho básico. Eu uma casquinha de sorvete, filho um crepe salgado que evidentemente roubei uns pedacinhos. Chegamos em casa e já saímos de novo. Era só para ser uma saidinha de fim de noite e acabou transformado numa comilança. Fomos ao meu restaurante favorito, comida chinesa. A desculpa era que a nora não conhecia. E deu-se a orgia... começamos com a entrada, rolinhos de primavera. Eu uma dama, só um pedacinho. Depois, arroz Chau-chau, lombo ao molho agridoce e Raposai. Começo a perder a "finesse" e me aventuro em tudo. Último passo, a sobremesa. Precisava? Evidentemente que não. A comida tinha sido tanta que já me via saindo do restaurante com duas quentinhas. Mas a cabeça gorda... Chuto logo o balde e peço bananas carameladas. Ai, ai, ai!!! Bateu como uma bomba atômica. Hiroshima, meu estômago, reagiu na mesma hora. E continuou manifestando-se noite adentro. Ele e Nagasaki, meu intestino...

Senhor tromba

Ontem saí com o marido para comer uma pizza. Eu uma fatia e meia de massa finíssima. Os olhos ainda permaneceram pelos pedaços restantes, mas não me atrevi. Nada para beber. Aprendi a duras penas que se como não bebo, se bebo não como. Fim da noite, já nem me lembro porque tudo começou, mas pelo jeito que ele falou parecia que estava fazendo favor de sair comigo. Ahhhhhhhh.... pra que? Na hora que a raiva toma conta não sou dona mais da minha boca. Falei o que não devia e o que devia também. Tenho agora um senhor tromba dentro de casa. Já pedi desculpas (não tenho mesmo vergonha na cara!), mas o bico do sujeito chega a incomodar. E ainda tenho a promessa dele de nunca mais sair comigo. Mais uma de suas promessas não cumpridas...

Ou este ou aquele

Desde que roubaram meu carro não faço outra coisa a não ser percorrer concessionárias atrás do futuro carrinho. Ford, Fiat, Renault, Chevrolet... estou ficando expert em carros. A cada concessionária visitada, mais uma dúvida na cabeça. Não sei qual escolher. Opiniões já não peço mais. Cada um defende seu carro e mais dúvidas ficam por aqui. Decidi que Fiat não quero mais. O trauma de ver meu Paliozinho roubado... O Clio tem um preço tentador, mas manutenção e seguro muito caro. Fico entre o Fiesta e o Celta. Pelo preço levaria o Celta, pelo meu querer o Fiesta. E me perco entre tantas e tentadoras ofertas. Ou isto ou aquilo, ou este ou aquele... Cecília Meireles me entenderia!

Malditas cobrinhas

Com certeza, posso dizer agora que tive dumping. Cheguei em casa tarde, depois de trabalhar e ir à missa. Lanchei na rua uma esfirra e estava bem. Mas meus olhinhos gulosos assim que chegaram em casa se depararam com um saquinho de balas de goma. Sabe aquelas azedinhas em formato de cobrinhas? Malditas!!! Mandei quatro ou cinco para dentro e começou... uma dor esquisita na barriga que me fez correr para o banheiro. Nada!!! Suor frio, mal estar, coração acelerado. Uma vontade enorme de ir pra cama e foi o que eu fiz. Ainda senti a barriga contorcendo estranhamente e mais não lembro. Dormi rápido e só acordei no meio da madrugada já curada. Hoje de manhã dei de cara com o pacotinho de cobrinhas. A memória ainda está fresca, passei direto por elas.

Moda terceira idade

Sábado fui no bazar de natal da igreja em que minha mãe faz trabalhos voluntários. Coisas assim como panos de prato, toalhinhas de crochê, mimos para casa. Coisa mais linda aquelas velhinhas todas animadas, com seus bloquinhos de nota, atrás das possíveis compradoras. Fiquei toda feliz de ver minha mãe, com seus 83 anos ainda tão ativa. E orgulhosa, ao ver ela entre todas aquelas velhinhas, a mais bonitinha e moderna. É que entre vestidinhos e conjuntos de malha, ela estava toda linda de jeans, blusa de malha lilás e sapatilhas. A velhinha não é mole...

Moda tamanho GX

Sim, assumo que sou completamente desvairada por roupas e sapatos. Concordo quando dizem que o que nos é proibido torna-se muito mais desejado. E por muito tempo, comprar roupas e sapatos para mim era quase que uma proibição. Queria muito, podia comprar, mas não achava nada que servisse. E quando achava não era nada daquilo que tinha imaginado. Toda vez que ia às compras, ia preparada para uma maratona por lojas e mais lojas. Voltava frustrada com o que tinha achado e não com o que tinha gostado. Pezinhos gordinhos não foram feitos para sapatos finos e altos. E nem para aqueles sapatinhos que deixam os dedinhos de fora. Eles simplesmente não chegam até lá. E a moda também não existe para quem está acima do peso. A moda gorda é aquela que não muda nunca. Calças de elástico ou fuseau, batas quadradas e vestidos estilo 'vejam,estou dentro de um saco!'. Tudo em cores super sóbrias (leia-se preto) ou em estampas escabrosas. Quando fui trabalhar na loja em que estou até hoje, isso começou a mudar. Enchi o saco da dona para começar a fabricar tamanho extra grande nos mesmos modelos dos "normais". Aos poucos ela comprou a ideia para minha felicidade. As inúmeras clientes gx agradecem!!!