segunda-feira, 23 de maio de 2011

A espera de um milagre

De novo os rins me atacaram. Ando perdendo essa luta mas já dou cabo disso. Todo ano a mesma ladainha. Febre, dor no corpo e... internação. Dr. Rubinho Barrichello (gente!!! o doutor é a cara dele!!!) disse que vou ter que tirar um pedaço do meu rim que não funciona mais. Negociei. Por enquanto não, vamos enrolando um pouquinho... quem sabe nesses tempos de tantos santos beatificados um não resolve dar uma passadinha por aqui e confirmar seu milagre? Estou à disposição para tal. Ele concordou por enquanto mas disse que se as infecções ficarem muito frequentes não tem como escapar por muito tempo. E tome antibiótico!!! João Paulo, irmã Dulce, irmã Paulina, aqui estou eu!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Janela indiscreta

Outro dia estava no apartamento de um amigo que é cercado de prédios por todos os lados. Na minha curiosidade infinita logo desejei um binóculo. Vasculharia cada janelinha daquelas atrás de estórias que minha cabeça certamente iria imaginar. Velhos dormindo, crianças brincando, casais transando, mulheres cozinhando, jovens brigando, cachorros, gatos, passarinhos... Quem sabe um crime prestes a ser cometido?  Segredos quase bem guardados. Hitchcock me entenderia...

domingo, 15 de maio de 2011

Cruzeiro campeão!!!!

Sumi!!! mas voltei... culpa do novo emprego que me consome o dia inteirinho e também do vício maldito de jogar café mania. Prometo melhorar!!!!!!!
Hoje meu time foi campeão e meu marido deu um show à parte. Confesso que quase morri de vergonha. Sim, sofro de vergonha alheia. Quando o cruzeiro fez o primeiro gol ele foi pra janela e começou a gritar feito um louco enquanto esmurrava a parede do lado de fora. Eu quietinha no meu canto... logo depois e mais um gol. Novamente a mesma cena só que com mais intensidade ainda, se é que isso é possível. Não me contive. Reclamei que estava demais e que os vizinhos com certeza iam furar meus pneus (isso já aconteceu uma vez!). E adiantou alguma coisa? Claro que não. Jogo terminado tá lá o louco na janela de novo. Mereço!!! Pouco depois alguém começou a buzinar sem parar na garagem. Escuto o tal vizinho gritar :- Palhaço!!! Gordo idiota!!! Não me contive. Comecei a rir. Tão infantis esses homens...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Amigas

Ao acordar de manhãzinha, ainda bem cedo para ir trabalhar, deparo com a sala superlotada de meninas. Quatro!!! Três dormindo no chão em colchões, uma no sofá. A filha com as amigas. Foram comemorar os 18 anos da minha em uma boate, chegaram as tantas... Fico olhando por um tempo, as quatro. Parecem uma só e tão diferentes. Os mesmos cabelos longos, as unhas pintadas em cores duvidosas, rosto totalmente borrado de maquiagem que nem se preocuparam em tirar, os pés ainda sujos por fora das cobertas. A mesma despreocupação com o que vem por aí... Uma amorosa por demais, outra distraída, aquela é mais madura, a outra uma simpatia só. Amigas!!! Daqui a pouco vão acordar, risadas sem fim, conversa que nunca acaba. Vou trabalhar pesarosa. Queria ficar, esperar o despertar, roubar um pouco da alegria delas juntas, ouvir o que tem pra falar, rir. Tempo bom, passa tão depressa. Se naquele tempo eu soubesse que isso um dia ia acabar, segurava por mais um tantinho as minhas amigas comigo, não tinha tanta pressa em seguir meu caminho. Se foram junto com o tempo!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sozinha em casa

A filha foi dormir na casa de uma amiga... o filho saiu com os amigos... o marido trabalhando até tarde... eu sozinha em casa. SOZINHA EM CASA!!! Acendo todas as luzes, sento no computador, ligo a televisão no canal que quero, como uma bobagem qualquer. Aproveito e coloco música também. Telefono para uma amiga. Tiro toda a roupa e ando descalça pela casa. Tomo um banho de porta aberta e luz apagada. A casa aos poucos vai ficando uma zona... toalha molhada na cama, copos sujos na pia, sapato e roupa pelo chão. Não tô nem aí! Me permito hoje fazer o que quero. Penso que posso dormir agora, numa cama todinha pra mim ou ficar até quando quiser acordada, sem fazer nada mas fazendo tudo. Sei que amanhã tudo volta ao normal. Ou anormal...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Príncipe-sapo

Há muito que não acredito em beijar sapos pra virarem príncipes. Ao contrário, beijei muito príncipe que virou sapo. Preferi ficar com o meu aqui mesmo. Tem dias que é sapo, tem dias que é príncipe. Alguns dias um lorde: educado, atencioso, carinhoso, prestativo. Outros um sapo-boi: mal-educado, mal-humorado, ciumento, chato. Ponho tudo na peneira e fico com as coisas boas. Afinal, também tenho meus dias de perereca!!!

***Queria agora ter coragem de enfiar o dedo na guela e botar pra fora o maldito cachorro quente que comi inteirinho. Sinto que o rabo do cachorro está na minha garganta e o corpo está atravessado no meu estômago. Já tentei e nada... maldito olho grande!  Será que um copaço de sal de fruta resolve???

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Maior abandonada

Me sinto órfã!!!! Pior que um cachorro de rua abandonado, sarnento, desprezado por quem passa e nem olha. Um mendigo daqueles bem fedorentos, que carregam trastes imundos, e vivem rodeados de mosquitinhos. Aquela banana podre que ficou esquecida no cesto, já bem preta e ressecada. Explico: algumas de minhas queridíssimas amigas blogueiras fecharam seus blogs, restringiram suas visitas e eu nem fui convidada. Eu que acompanhava aquele dia-a-dia, as crises, as conquistas, a barriga de uma que já deve estar enorme (quem sabe até já nasceu?), os dias bons e outros nem tanto assim, o corte novo de cabelo, a roupa nova comprada, a gracinha do filho, o cachorrinho, o papagaio, o periquito, maridos chatos, filhos emburrados, TUDO!!!  Me sentia assim tão próxima que se encontrasse com alguma numa esquina dessas da vida, dava o braço e ia rua afora conversando como se tivesse sido ontem nossa última conversa. Mas foram-se e não abanaram nem o rabinho. Casaram e se mudaram sem deixar ao menos um bilhetinho. Magoei!!!

domingo, 10 de abril de 2011

Sacolas e mais sacolas

Eu gostaria imensamente de chegar do trabalho e descer do carro carregando apenas a minha já tão pesada bolsa. Não passa um dia sequer em que além dela, também tenha que carregar algumas sacolas e outras coisitas más. E percebo que não sou só eu. Quando encontro com a vizinha na garagem vejo que ela também tem sempre mais alguma coisa nas mãos. E noto que isso aconteceu depois que me casei e tive filhos. Será isso uma praga que acomete as mulheres casadas???

domingo, 3 de abril de 2011

A queridinha do sogrão

Surpreendo-me ao chegar na casa do sogro e ele reclamar da minha ausência por tanto tempo. Depois que comecei a trabalhar o dia todo só tenho ido lá aos Domingos, e como no Domingo anterior fui almoçar com minha mãe, fiquei longe por duas semanas. Surpresa por ele sentir minha falta. E alegre, muito alegre!!! Meu sogro é uma pessoa fechada e avessa a demonstrações de carinho, então me senti super-amada com essa cutucada por não ter aparecido por lá por tanto tempo. Quer dizer que ele sente minha falta? Que ele gosta de mim? Que ele me perdoa por ter casado com o único filho dele e por não ser a esposa maravilhosa, uma completa Amélia, que o filho dele tanto sonha? Que ficar longe de mim por tanto tempo foi uma tortura horrorosa? Que ele me ama terrivelmente??? Melhor para por aqui, já estou delirando... isso de ser a queridinha já está me subindo a cabeça!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Teatro

Fui ao teatro com a filha. Algo me dizia que o melhor era ficar em casa e descansar, mas a sopa de canela de cachorro que tomei quando criança faz efeito até hoje! Então ignorei o meu sexto sentido e fui. Foram as horas mais longas da minha vida... Olhava o relógio de minuto em minuto e até cochilei durante a peça. Achei tudo horrível: figurino, atores, música (sim, era um musical!!!), cenário. No final, bati palmas frenéticas pelo alívio de ter terminado a tortura. Saí rapidinho, sem nem querer saber da degustação que ia ter no final. Comento com a filha o tanto que achei ruim.  Não tenho o seu apoio. Não é que ela adorou????????

sexta-feira, 18 de março de 2011

Aprendizado difícil

Saí pra comer uma pizza com o marido. Pizza pequena de quatro pedaços, massa bem fininha. Pedi uma Coca Zero (maldita!!!), marido um chopp. Garçon foi logo servindo um pedaço pra cada um. Assim que vi o meu pedaço no prato já pensei que ia comer outro. Cabeça de gordo é uma coisa difícil de mudar, nem tinha comido um e já estava pensando no próximo e também na sobremesa. Mal comi meu pedaço e não aguentava mais. Soluços mil e corri pro banheiro. Voltei pra mesa toda jururu... A Coca pela metade, marido no terceiro pedaço tratou logo de beber o que sobrou. Só queria ir embora o mais rápido possível. Ainda aprendo a me comportar feito uma lady!

terça-feira, 15 de março de 2011

Ciúme, ciúme, eu me mordo, eu me rasgo, eu me acabo...

Cheguei em casa com o cabelo todo molhado. Não foi por causa da pouca chuva que apanhei, mas sim por uma goteira gigante que descia pelo telhado de uma casa na rua e eu desavisada não vi. Passei bem embaixo dela e... o estrago tava feito. Já pensei que ao chegar em casa o marido ciumento ia perguntar se eu não estava no motel(!!!). Para minha surpresa, no nosso encontro, o molhado era ele. Por sinal, com o cabelo bem mais molhados que o meu. Será???

segunda-feira, 14 de março de 2011

Dietas...

Achei que nunca mais ia passar por isso, mas me vejo novamente tendo que controlar a boca maldita. Engordei um pouco desde as festas de fim de ano e antes que a vaca vá para o brejo, resolvi correr atrás do prejuízo. Não é bem uma dieta, apenas resolvi cortar os doces (um pouco pelo menos!), deixar de comer biscoitos e afins. Realmente operamos o estômago, mas a cabeça continua a mesma. Quanto a exercícios físicos a coisa tá difícil. Com meu novo horário de trabalho só penso em chegar em casa e ficar quietinha. Mas prometo melhorar e começar a fazer minhas caminhadas. Hoje não!!! Tá chovendo e desculpa melhor do que essa não tem!!!

domingo, 13 de março de 2011

Carnaval da meia idade

As "meninas"
Não tive digamos assim um grande carnaval. Não saí em nenhuma escola de samba, sonho adiado mais uma vez. Não viajei, não vi sombra alguma de carnaval pois fiquei aqui mesmo em BH e carnaval aqui é coisa pra assistir na televisão e olhe lá... O máximo de folia que fiz foi ir a um bloco de carnaval do meu bairro mesmo. Lá tirei a barriga da miséria e me esbaldei. Mas... amigas reunidas sempre é mais que ótimo! Fizemos nossa foliazinha particular e nos divertimos a valer. Valeram as risadas sem fim e os retratos que ficaram para recordação.

Márcia, eu, Nádia e Rita
Cabelo falso

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Clarice

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa.
Não altera em nada.
Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas.
A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
(Clarice Lispector)