quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Burradas

...e com a viagem da Jú, foram várias burrices cometidas. Pedi e implorei para voltar sempre, Saí com o ex váááárias vezes, sempre  terminando em motéis ou lá em casa mesmo. Virei de repente a amante e não a esposa. Da última vez foi a pior de todas. Me senti como uma prostituta e ele também agiu muito mal. O resultado sempre era muito arrependimento e uma tristeza sem fim. Mesmo com a chegada da Jú eu não melhorei. Aliás, piorei. Levantar para trabalhar era péssimo. Geralmente eu já não tinha mesmo dormido ou se tivesse era com remédios. Eu leventava, tomava logo um banho e voltava para debaixo das cobertas. Morria de frio pra logo depois começar a sentir um calor insuportável. Depois morria de frio de novo. Cheguei a pensar que estava entrando na menopausa e por causa disso os calores. Mas o dia inteiro eu sentia muito frio! Ia trabalhar arrastada, qualquer oportunidade eu abaixava a cabeça e tentava dormir um pouquinho e às vezes até deitava no chão. Rendi muito pouco esse meses e isso me incomodava muito. Eram dias arrastados, mas mesmo assim melhores que os finais de semana...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Filhota fora do ninho

...minha filha viajou para a Europa, 1 mês. Não sei como dei conta de organizar tudo, ajudar a fazer as malas, comprar roupas. Eu só queria deitar e morrer. Mas fiquei firme, ajudei no que pude e fui levá-la ao aeroporto. Lágrimas e lágrimas, uma tristeza se fim. O que seria de mim esse mês todinho sem minha filha por perto? Não me lembro bem como passei esse mês, sei que tinha muito poucas notícias dela, só algumas por email. Eu de cabelos em pé, pois um dia tava num hotel, no outro acampada, outro dormindo a céu aberto com milhares de jovens, muito calor e chuva também (foi o encontro mundial dos jovens com o Papa). Enfim, no final tudo deu certo, tirando as várias burradas que dei...

À flor da pele

Como diria Zeca Baleiro:"ando tão à flor da pele":... Qualquer coisa me faz chorar. Lembro que quando pequena minha mãe tinha uma xícara de porcelana chinesa. Quando se olhava o fundo era tão fina, mas tão fina que se via o rosto de uma chinesa. Eu tinha medo de pegar na xícara e ela se despedaçar entre meus dedos. Hoje me sinto assim, como aquela xícara, fina,frágil, delicada.Pele de ovo!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Exame de AIDS

...e os dias foram passando... Não conseguia dormir, noite após noite. Tomava algum remédio mas não persistia por medo de ficar dependente. Fui ao meu ginecologista e foi aquele vexame! Uma consulta regada a muitas lágrimas, eu grudada na mão dele, ele carinhoso mas tenso com aquela situação. Rasguei o coração, contei tudo, fiz dele meu psicólogo. Pedi para fazer todos os exames do mundo. Saí da consulta mais aliviada. Fiz logo os exames e quando fui buscá-los quase tive um enfarte. Quando cheguei no laboratório a atendente pediu que eu esperasse porque meus exames estavam bloqueados. Imediatamente comecei a achar que a retenção era porque eu tinha AIDS, que viria um psicólogo para conversar comigo. Momentos de pavor, não aguentei e chamei minha filha que estava no carro. Dividi tudo com ela e chorei muito. Já me considerava contaminada e queria matar o fdp. Provavelmente, nem tanto tempo se passou o que para mim parecia a eternidade, quando chega uma mocinha com os resultados. Abri tudo ali mesmo e respirei aliviada.  Tudo bem, tudo certo, tudo ÓTIMO!!! Foi um dia até feliz, fui às compras com minha filha e as amigas dela, fui ao salão fazer as unhas. Parecia que tudo ia dar certo, que eu estava bem, mas...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O começo

Toda história tem um começo, um meio e um fim. A minha ainda está no começo ou no meio, mas já está cheia de histórias. Histórias dentro de uma história. Começou com meu marido saindo de casa, colocando em mim toda a culpa do fracasso do casamento (ainda coloca!). Eu desorientei, mas achei que era só um rompante, que em alguns dias ele voltaria. Assustada, mas confiante no "nosso amor". Nos casamos muito novos, ele com 23 eu com 22 anos e nos criamos dentro desse casamento. Não sabia e ainda não sei viver de outra forma. No fim de semana descobri que não era eu a culpada, mas sim um caso já longo dele com outra pessoa. Não que eu não tivesse culpa e ele também, mas o motivo era esse...