quinta-feira, 21 de abril de 2011

Amigas

Ao acordar de manhãzinha, ainda bem cedo para ir trabalhar, deparo com a sala superlotada de meninas. Quatro!!! Três dormindo no chão em colchões, uma no sofá. A filha com as amigas. Foram comemorar os 18 anos da minha em uma boate, chegaram as tantas... Fico olhando por um tempo, as quatro. Parecem uma só e tão diferentes. Os mesmos cabelos longos, as unhas pintadas em cores duvidosas, rosto totalmente borrado de maquiagem que nem se preocuparam em tirar, os pés ainda sujos por fora das cobertas. A mesma despreocupação com o que vem por aí... Uma amorosa por demais, outra distraída, aquela é mais madura, a outra uma simpatia só. Amigas!!! Daqui a pouco vão acordar, risadas sem fim, conversa que nunca acaba. Vou trabalhar pesarosa. Queria ficar, esperar o despertar, roubar um pouco da alegria delas juntas, ouvir o que tem pra falar, rir. Tempo bom, passa tão depressa. Se naquele tempo eu soubesse que isso um dia ia acabar, segurava por mais um tantinho as minhas amigas comigo, não tinha tanta pressa em seguir meu caminho. Se foram junto com o tempo!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sozinha em casa

A filha foi dormir na casa de uma amiga... o filho saiu com os amigos... o marido trabalhando até tarde... eu sozinha em casa. SOZINHA EM CASA!!! Acendo todas as luzes, sento no computador, ligo a televisão no canal que quero, como uma bobagem qualquer. Aproveito e coloco música também. Telefono para uma amiga. Tiro toda a roupa e ando descalça pela casa. Tomo um banho de porta aberta e luz apagada. A casa aos poucos vai ficando uma zona... toalha molhada na cama, copos sujos na pia, sapato e roupa pelo chão. Não tô nem aí! Me permito hoje fazer o que quero. Penso que posso dormir agora, numa cama todinha pra mim ou ficar até quando quiser acordada, sem fazer nada mas fazendo tudo. Sei que amanhã tudo volta ao normal. Ou anormal...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Príncipe-sapo

Há muito que não acredito em beijar sapos pra virarem príncipes. Ao contrário, beijei muito príncipe que virou sapo. Preferi ficar com o meu aqui mesmo. Tem dias que é sapo, tem dias que é príncipe. Alguns dias um lorde: educado, atencioso, carinhoso, prestativo. Outros um sapo-boi: mal-educado, mal-humorado, ciumento, chato. Ponho tudo na peneira e fico com as coisas boas. Afinal, também tenho meus dias de perereca!!!

***Queria agora ter coragem de enfiar o dedo na guela e botar pra fora o maldito cachorro quente que comi inteirinho. Sinto que o rabo do cachorro está na minha garganta e o corpo está atravessado no meu estômago. Já tentei e nada... maldito olho grande!  Será que um copaço de sal de fruta resolve???

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Maior abandonada

Me sinto órfã!!!! Pior que um cachorro de rua abandonado, sarnento, desprezado por quem passa e nem olha. Um mendigo daqueles bem fedorentos, que carregam trastes imundos, e vivem rodeados de mosquitinhos. Aquela banana podre que ficou esquecida no cesto, já bem preta e ressecada. Explico: algumas de minhas queridíssimas amigas blogueiras fecharam seus blogs, restringiram suas visitas e eu nem fui convidada. Eu que acompanhava aquele dia-a-dia, as crises, as conquistas, a barriga de uma que já deve estar enorme (quem sabe até já nasceu?), os dias bons e outros nem tanto assim, o corte novo de cabelo, a roupa nova comprada, a gracinha do filho, o cachorrinho, o papagaio, o periquito, maridos chatos, filhos emburrados, TUDO!!!  Me sentia assim tão próxima que se encontrasse com alguma numa esquina dessas da vida, dava o braço e ia rua afora conversando como se tivesse sido ontem nossa última conversa. Mas foram-se e não abanaram nem o rabinho. Casaram e se mudaram sem deixar ao menos um bilhetinho. Magoei!!!

domingo, 10 de abril de 2011

Sacolas e mais sacolas

Eu gostaria imensamente de chegar do trabalho e descer do carro carregando apenas a minha já tão pesada bolsa. Não passa um dia sequer em que além dela, também tenha que carregar algumas sacolas e outras coisitas más. E percebo que não sou só eu. Quando encontro com a vizinha na garagem vejo que ela também tem sempre mais alguma coisa nas mãos. E noto que isso aconteceu depois que me casei e tive filhos. Será isso uma praga que acomete as mulheres casadas???

domingo, 3 de abril de 2011

A queridinha do sogrão

Surpreendo-me ao chegar na casa do sogro e ele reclamar da minha ausência por tanto tempo. Depois que comecei a trabalhar o dia todo só tenho ido lá aos Domingos, e como no Domingo anterior fui almoçar com minha mãe, fiquei longe por duas semanas. Surpresa por ele sentir minha falta. E alegre, muito alegre!!! Meu sogro é uma pessoa fechada e avessa a demonstrações de carinho, então me senti super-amada com essa cutucada por não ter aparecido por lá por tanto tempo. Quer dizer que ele sente minha falta? Que ele gosta de mim? Que ele me perdoa por ter casado com o único filho dele e por não ser a esposa maravilhosa, uma completa Amélia, que o filho dele tanto sonha? Que ficar longe de mim por tanto tempo foi uma tortura horrorosa? Que ele me ama terrivelmente??? Melhor para por aqui, já estou delirando... isso de ser a queridinha já está me subindo a cabeça!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Teatro

Fui ao teatro com a filha. Algo me dizia que o melhor era ficar em casa e descansar, mas a sopa de canela de cachorro que tomei quando criança faz efeito até hoje! Então ignorei o meu sexto sentido e fui. Foram as horas mais longas da minha vida... Olhava o relógio de minuto em minuto e até cochilei durante a peça. Achei tudo horrível: figurino, atores, música (sim, era um musical!!!), cenário. No final, bati palmas frenéticas pelo alívio de ter terminado a tortura. Saí rapidinho, sem nem querer saber da degustação que ia ter no final. Comento com a filha o tanto que achei ruim.  Não tenho o seu apoio. Não é que ela adorou????????