terça-feira, 12 de novembro de 2013

Coração maldito

Minha vida mudou muito de uns tempos pra cá. Me separei ( melhor seria dizer ele se separou de mim!), mudei para a casa da minha mãe, tenho um novo emprego e um novo companheiro (namorado). Mas meu coração continua estacionado naquele dia... Desde então não se passou um dia em que eu não tenha chorado, que meu coração deixasse de doer. Muitos me falam que é questão de tempo. Talvez, quem sabe? Mas acho que já se passaram muitos dias e ainda gosto dele imensamente. Sei de todos os seus defeitos, defeitos graves, mas mesmo assim continuo amando e querendo esses defeitos aqui, junto a mim. Sei que tenho um companheiro maravilhoso, um homem que qualquer mulher gostaria de ter ao seu lado. Mas... e sempre tem um mas, meu coração não bate por ele. Maldito coração que insiste em gostar do que não me faz bem!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

SENSÍVEL

Às vezes gostaria de ser mais bruta, mais insensível. Me doer menos com as palavras, não ser atingida por essa saudade que me invade todos os dias. Não ter tanto esquecimento das coisas ruins e tanta lembrança das coisas boas. Pra mim só elas que ficaram e reviver tudo isso dói. O desprezo, o descaso, o afastamento das pessoas que amo tem me atormentado tanto que ando novamente sufocada. A dor da alma nunca mais passou e tenho vivida intensamente ela por esses dias. Quero meu sorriso, minha risada sincera, minha alegria. Quero meus dias ensolarados de volta!!!!

"Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Esse jeito de ouvir além dos ouvidos, de ver além dos olhos, de sentir a textura do sentimento alheio tão clara no próprio coração e tantas vezes até doer e sorrir junto com toda sinceridade.(...) Essa intensidade toda em tempo de ternura minguada. Esse amor tão vivido em terra em que a maioria parece se assustar mais com o afeto do que com a indelicadeza. Esse cuidado espontâneo com os outros. Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Essa saudade que faz a alma marejar, de um lugar que não se sabe onde é, mas que existe, claro que existe. Essa possibilidade de se experimentar a dor, quando a dor chega, com a mesma verdade que se experimenta a alegria. Essa incapacidade de não se admirar com o grandioso que também mora na sutileza. Essa vontade de espalhar sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando não deixam adormecer a ideia de um mundo que possa acordar sorrindo pra toda gente. Pra todo ser. Pra toda vida.
Eu até já tentei ser diferente, por medo de doer, mas não tem jeito: só consigo ser igual a mim!"