Escuto milhões de vezes que mudar o corpo é fácil, difícil é mudar a cabeça de um gastroplatizado. Eu sou prova viva disso. Isso explica meu Domingo. Filho e namorada vieram me visitar, aproveitando o fim de semana prolongado. Então começamos o dia com um farto café da manhã. Pães, queijo, presunto, biscoito de queijo, suco. Isso às dez horas da manhã. Uma hora da tarde, hora do almoço. Canelone recheado feito por mim. Saímos para o shopping, filho estava precisando de roupas e... um lanchinho básico. Eu uma casquinha de sorvete, filho um crepe salgado que evidentemente roubei uns pedacinhos. Chegamos em casa e já saímos de novo. Era só para ser uma saidinha de fim de noite e acabou transformado numa comilança. Fomos ao meu restaurante favorito, comida chinesa. A desculpa era que a nora não conhecia. E deu-se a orgia... começamos com a entrada, rolinhos de primavera. Eu uma dama, só um pedacinho. Depois, arroz Chau-chau, lombo ao molho agridoce e Raposai. Começo a perder a "finesse" e me aventuro em tudo. Último passo, a sobremesa. Precisava? Evidentemente que não. A comida tinha sido tanta que já me via saindo do restaurante com duas quentinhas. Mas a cabeça gorda... Chuto logo o balde e peço bananas carameladas. Ai, ai, ai!!! Bateu como uma bomba atômica. Hiroshima, meu estômago, reagiu na mesma hora. E continuou manifestando-se noite adentro. Ele e Nagasaki, meu intestino...