terça-feira, 16 de agosto de 2011

Resposta

Querido anônimo,
o fim de um longo casamento ou de qualquer relacionamento é como o luto. Precisa sim ser vivido, doído, purgado. Chorar faz bem, limpa a alma, desmancha a angústia. Acho que chorei pouco, que tenho chorado cada vez menos. Mas continuo lamentando o fim não do que foi, mas do que poderia ter sido. Se chega? Às vezes acho que sim. Mas tem outros dias que volta tudo de novo. Não mando em meus sentimentos, quem dera acordar e dizer passou, tô pronta pra outra! Mas não é assim... Sei que disso não morro, ninguém morre. Mas há que se viver a dor para renascer. E acredito neste renascimento, nesta completude que me aguarda. Quanto a me amar é uma coisa que estou aprendendo. Incrível como não sei fazer isso. Aliás sei, mas é que a bordoada foi tão forte que estou ainda tonta. Aos poucos vou retornando. Sei o tanto que já estou melhor. Não, a minha autenticidade, a minha resolução e a minha confiança não foram embora com as gorduras. Por acaso elas até aumentaram, mas o momento é este e não tem como fugir. Não adianta fingir que está tudo bem quando não está. Mas vai ficar. E sim, estou aberta para o novo, para o belo, para o bom. Tudo a seu tempo...

Meu querer

Os dias vão passando... inacreditavelmente os dias passam. Mais suaves, menos desesperadores. Eu numa busca louca por algum sentido. Rezei muito e muito por esses dias. Diminui um pouco,mas continuo rezando. A oração acalma. Mas ainda não me encontrei. Uma certeza enorme dentro de mim que ele já está voltando. Para que? Não sei responder. Talvez para satisfazer meu ego, mas que importância teria isso frente a enormidade da questão? Mas quero!!! Coisas de menina mimada, que querer se sentir amada.Todos falam que estou melhor agora, que agora sim tenho uma verdadeira chance de ser feliz. Vem de pessoas tão próximas, tão queridas, mas ainda não acredito. Faz falta a presença dele, as risadas, os telefonemas. Faz falta ter alguém que foi meu por tanto tempo. Foi?

domingo, 7 de agosto de 2011

Seguindo em frente

Se estou bem? Já estive pior. Melhor vou ficando com a passagem do tempo, que como nunca tem custado muito a passar. Não sei quanto tempo dura essa dor, mas a angústia tem diminuído. Tenho agora que esquecer dele, não procurar mais saber tanto, ir em frente esquecendo o que ficou para trás. Deixar de fantasiar o presente e ir vivendo mansamente o agora. Difícil é ficar noites sem dormir. É o que é mais difícil hoje. Não quero mais ter esperança de alguma volta, porque tenho descoberto coisas que realmente se eu for olhar pelo lado da razão, não servem para mim. Tenho que aprender a me amar e respeitar e também a não temer tanto o futuro. Ainda continuo querendo que ele se ferre, que se arrependa. Não sei mesmo o que faria se ele voltasse agora. Melhor não. O melhor agora é ir em frente...