Sai prá lá, urubu!!!

O que a gente faz com quem quer nos colocar para baixo? Torce o rabo dela, pisa em cima, bate
nela... E quando é a chefe da gente? Glup, glup, acaba engolindo. Pois não é que depois que falei com ela que eu ia operar em Outubro ela despejou um monte em cima de mim? Disse que eu nunca tinha feito um regime sério (ela não sabe da minha vida...), que eu não tinha força de vontade (ela não me conhece...), que eu vou voltar a engordar tudo de novo (sai prá lá urubu!), que a minha vida não vai ser boa (como se trabalhando lá fosse...), que ela não era magérrima (genten, ela é uma tripa de enrolar linguicinha) mas que ela era magra porque vivia de regime. Que o pai dela quando ela era pequena não deixava ela comer macarrão (disse isso com muita emoção, acho que até com mágoa) e que a mãe dela tinha ido a uma cidade pra aprender a fazer sorvete de frutas porque ela não podia comer doces (mais emoção, voz embargada). Deu até dó! Pois bem, minha infância foi ótima. Comi doces, chupei picolé e sorvete até. A culpa não é da minha mãe, é minha mesmo. Eu "como" os meus problemas. Regimes já fiz milhões, quase sempre com sucesso. O problema é permanecer magra. Força de vontade eu tenho é muita. Mais força de vontade do que essa maratona pré-cirurgia que estou enfrentando? E um casamento de 22 anos? E trabalhar lá há 13 anos? Se vou engordar tudo de novo? Não sei. Espero que não. Não estou fazendo a cirurgia por capricho, mas porque minha saúde está detonada. E boa a minha vida não está sendo com todo esse excesso de peso. Eu tenho o direito de tentar mudar e vou. Pro resto eu tô me lixando (prá não dizer outra palavra...).