quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Burradas

...e com a viagem da Jú, foram várias burrices cometidas. Pedi e implorei para voltar sempre, Saí com o ex váááárias vezes, sempre  terminando em motéis ou lá em casa mesmo. Virei de repente a amante e não a esposa. Da última vez foi a pior de todas. Me senti como uma prostituta e ele também agiu muito mal. O resultado sempre era muito arrependimento e uma tristeza sem fim. Mesmo com a chegada da Jú eu não melhorei. Aliás, piorei. Levantar para trabalhar era péssimo. Geralmente eu já não tinha mesmo dormido ou se tivesse era com remédios. Eu leventava, tomava logo um banho e voltava para debaixo das cobertas. Morria de frio pra logo depois começar a sentir um calor insuportável. Depois morria de frio de novo. Cheguei a pensar que estava entrando na menopausa e por causa disso os calores. Mas o dia inteiro eu sentia muito frio! Ia trabalhar arrastada, qualquer oportunidade eu abaixava a cabeça e tentava dormir um pouquinho e às vezes até deitava no chão. Rendi muito pouco esse meses e isso me incomodava muito. Eram dias arrastados, mas mesmo assim melhores que os finais de semana...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Filhota fora do ninho

...minha filha viajou para a Europa, 1 mês. Não sei como dei conta de organizar tudo, ajudar a fazer as malas, comprar roupas. Eu só queria deitar e morrer. Mas fiquei firme, ajudei no que pude e fui levá-la ao aeroporto. Lágrimas e lágrimas, uma tristeza se fim. O que seria de mim esse mês todinho sem minha filha por perto? Não me lembro bem como passei esse mês, sei que tinha muito poucas notícias dela, só algumas por email. Eu de cabelos em pé, pois um dia tava num hotel, no outro acampada, outro dormindo a céu aberto com milhares de jovens, muito calor e chuva também (foi o encontro mundial dos jovens com o Papa). Enfim, no final tudo deu certo, tirando as várias burradas que dei...

À flor da pele

Como diria Zeca Baleiro:"ando tão à flor da pele":... Qualquer coisa me faz chorar. Lembro que quando pequena minha mãe tinha uma xícara de porcelana chinesa. Quando se olhava o fundo era tão fina, mas tão fina que se via o rosto de uma chinesa. Eu tinha medo de pegar na xícara e ela se despedaçar entre meus dedos. Hoje me sinto assim, como aquela xícara, fina,frágil, delicada.Pele de ovo!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Exame de AIDS

...e os dias foram passando... Não conseguia dormir, noite após noite. Tomava algum remédio mas não persistia por medo de ficar dependente. Fui ao meu ginecologista e foi aquele vexame! Uma consulta regada a muitas lágrimas, eu grudada na mão dele, ele carinhoso mas tenso com aquela situação. Rasguei o coração, contei tudo, fiz dele meu psicólogo. Pedi para fazer todos os exames do mundo. Saí da consulta mais aliviada. Fiz logo os exames e quando fui buscá-los quase tive um enfarte. Quando cheguei no laboratório a atendente pediu que eu esperasse porque meus exames estavam bloqueados. Imediatamente comecei a achar que a retenção era porque eu tinha AIDS, que viria um psicólogo para conversar comigo. Momentos de pavor, não aguentei e chamei minha filha que estava no carro. Dividi tudo com ela e chorei muito. Já me considerava contaminada e queria matar o fdp. Provavelmente, nem tanto tempo se passou o que para mim parecia a eternidade, quando chega uma mocinha com os resultados. Abri tudo ali mesmo e respirei aliviada.  Tudo bem, tudo certo, tudo ÓTIMO!!! Foi um dia até feliz, fui às compras com minha filha e as amigas dela, fui ao salão fazer as unhas. Parecia que tudo ia dar certo, que eu estava bem, mas...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O começo

Toda história tem um começo, um meio e um fim. A minha ainda está no começo ou no meio, mas já está cheia de histórias. Histórias dentro de uma história. Começou com meu marido saindo de casa, colocando em mim toda a culpa do fracasso do casamento (ainda coloca!). Eu desorientei, mas achei que era só um rompante, que em alguns dias ele voltaria. Assustada, mas confiante no "nosso amor". Nos casamos muito novos, ele com 23 eu com 22 anos e nos criamos dentro desse casamento. Não sabia e ainda não sei viver de outra forma. No fim de semana descobri que não era eu a culpada, mas sim um caso já longo dele com outra pessoa. Não que eu não tivesse culpa e ele também, mas o motivo era esse...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Resposta

Querido anônimo,
o fim de um longo casamento ou de qualquer relacionamento é como o luto. Precisa sim ser vivido, doído, purgado. Chorar faz bem, limpa a alma, desmancha a angústia. Acho que chorei pouco, que tenho chorado cada vez menos. Mas continuo lamentando o fim não do que foi, mas do que poderia ter sido. Se chega? Às vezes acho que sim. Mas tem outros dias que volta tudo de novo. Não mando em meus sentimentos, quem dera acordar e dizer passou, tô pronta pra outra! Mas não é assim... Sei que disso não morro, ninguém morre. Mas há que se viver a dor para renascer. E acredito neste renascimento, nesta completude que me aguarda. Quanto a me amar é uma coisa que estou aprendendo. Incrível como não sei fazer isso. Aliás sei, mas é que a bordoada foi tão forte que estou ainda tonta. Aos poucos vou retornando. Sei o tanto que já estou melhor. Não, a minha autenticidade, a minha resolução e a minha confiança não foram embora com as gorduras. Por acaso elas até aumentaram, mas o momento é este e não tem como fugir. Não adianta fingir que está tudo bem quando não está. Mas vai ficar. E sim, estou aberta para o novo, para o belo, para o bom. Tudo a seu tempo...

Meu querer

Os dias vão passando... inacreditavelmente os dias passam. Mais suaves, menos desesperadores. Eu numa busca louca por algum sentido. Rezei muito e muito por esses dias. Diminui um pouco,mas continuo rezando. A oração acalma. Mas ainda não me encontrei. Uma certeza enorme dentro de mim que ele já está voltando. Para que? Não sei responder. Talvez para satisfazer meu ego, mas que importância teria isso frente a enormidade da questão? Mas quero!!! Coisas de menina mimada, que querer se sentir amada.Todos falam que estou melhor agora, que agora sim tenho uma verdadeira chance de ser feliz. Vem de pessoas tão próximas, tão queridas, mas ainda não acredito. Faz falta a presença dele, as risadas, os telefonemas. Faz falta ter alguém que foi meu por tanto tempo. Foi?

domingo, 7 de agosto de 2011

Seguindo em frente

Se estou bem? Já estive pior. Melhor vou ficando com a passagem do tempo, que como nunca tem custado muito a passar. Não sei quanto tempo dura essa dor, mas a angústia tem diminuído. Tenho agora que esquecer dele, não procurar mais saber tanto, ir em frente esquecendo o que ficou para trás. Deixar de fantasiar o presente e ir vivendo mansamente o agora. Difícil é ficar noites sem dormir. É o que é mais difícil hoje. Não quero mais ter esperança de alguma volta, porque tenho descoberto coisas que realmente se eu for olhar pelo lado da razão, não servem para mim. Tenho que aprender a me amar e respeitar e também a não temer tanto o futuro. Ainda continuo querendo que ele se ferre, que se arrependa. Não sei mesmo o que faria se ele voltasse agora. Melhor não. O melhor agora é ir em frente...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Se...

Se ele voltasse agora...
...eu não o quereria de volta. Não confiaria, não acreditaria. Principalmente não passaria por cima de mim.
Se ele voltasse agora...
...eu ficaria feliz por ter razão. E aí? De que vale ter razão?
Se ele voltasse agora...
...eu provavelmente aceitaria e ficaria morta de vergonha por não me respeitar, não me amar e não me dar o devido valor.
Se ele voltasse agora...
...me tornaria uma mulherzinha capacho, atendendo e fazendo todas as vontades dele. Me anularia por quanto tempo, vivendo uma ilusão temporária?
Se ele voltasse agora...
...eu temeria por demais o futuro. Sempre a espera de mais uma vez a história se repetir.
Se ele voltasse agora...
...como encarar os amigos, a família e principalmente os nossos filhos?
Se ele voltasse agora...
...eu ficaria contente por ter certeza de ser amada. Erradamente amada. Esse amor serve para mim? É isso o que quero para mim?
Se ele voltasse agora...
...cessaria a dor que estou passando. Mas outras viriam. A dor da desconfiança, da anulação. Engolir sapos gigantes, dar o que não se quer da maneira que não se tem vontade.
Se ele voltasse agora...
...porque eu quero que ele volte?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Boiando

Hoje mais tranquila... se pudesse segurava esse sentimento com todas a garra e não deixava mais ele ir. Sentir bem! Sem a dor insuportável da angústia no peito, sem o medo, sem a neurose do que ele estará fazendo, sem pensar no futuro tão negramente. Assim, bem comigo mesma. Ainda a vontade da vida ir mais depressa, de estar num tempo em que me sinta confortável. Ainda triste. Ainda com medo. Ainda querendo uma possível volta de um jeito totalmente novo. Mas mesmo assim, por agora estou bem. Querendo desesperadamente achar algo ou alguma coisa que me faça acreditar. Achar a tão esperada luz dentro de mim. Me perceber como ser, me conhecer. Crer. Por enquanto, só boiar e boiar... com certeza em algum lugar eu vou parar!!!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Palavras

Colocando em palavras os sentimentos que me atormenta. Toda hora tenho vontade de escrever alguma coisa aqui. E vou! É meu este lugar... A Terapeuta ontem me indicou um floral indicado para traumas. Qualquer trauma da alma ou do físico. Tenho me afogado nele. Gotas e mais gotas. Melhoro um pouquinho, desabo novamente. A angústia no peito é uma dor beirando o insuportável. Agora, por exemplo. Vontade de enfiar a mão dentro do peito e arrancá-la. O não dormir é outra coisa que tem me deixado totalmente fora do prumo (como se ainda precisasse de mais alguma coisa para isso). Tenho tomado um remédio para dormir, mas vivo com medo de me tornar dependente dele. Acho que nesse momento é importante, mas acho também importante encarar de frente logo tudo para ver se passa mais depressa. Ando sonhando com o que me dizem: um lindo pote de ouro no final dessa estrada. Eu dona de mim, inteira, completa. Feliz comigo mesma e sem precisar de mais ninguém que, acredito hoje, pode me completar!

Se mudar mudasse

Penso às vezes em sair de onde moro. Nunca senti que esse lugar fosse meu. Acho que no princípio até sentia. Depois foi ficando sempre como o apartamento dele, dos pais dele. E assim deixei a casa de lado... Ultimamente tenho querido a casa de minha mãe. Voltar para lá por uns tempos, mudar, sumir daqui. Necessidade de ser cuidada, tratada. Vontade de ficar deitada quietinha, sem fazer nada, sem ter obrigação alguma. E necessidade extrema de contato físico, de calor humano, de abraço. Eu, que nunca gostei de beijinhos e abraços em parentes e amigos, me vejo agora agarrando todo mundo, prolongando por mais um pouquinho qualquer cumprimento que recebo. Carência!!! E muita putidão também. Não quero ser coitada, não quero prolongar a dor mas a única coisa que faço é isso. Alimento-a a todo momento com lembranças do passado e previsões sombrias de futuro. Questiono a minha fé e a existência de Deus. Desconfio de todos e tudo!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Porque de mim nada sei...

Porque não sei de mim, de mim nada sei. Não sei quem sou, não sei o que quero, não tenho nenhum objetivo que não seja me curar. Curar essa dor, voltar a ser feliz. Ver os dias com cores mais alegres que esses nublados por aqui. Ir a terapia hoje me fez bem, mas ainda não me fez acreditar ainda em mim. Continuo querendo saber dele, vivendo pelo dia em que ele virá conversar comigo e se desculpar. E me pergunto: e se esse dia chegar? Se fosse hoje esse dia eu o quereria de volta? Acho que não. Não sem antes fazê-lo sofrer e pensar. Queria que ele acordasse e sofresse, purgasse a dor, as mágoas, os ressentimentos. Assim como eu tento fazer e não tenho conseguido. Como a perda só nos faz penar pelo que perdemos de bom... esqueci que já preferia os dias sem ele, que amava a solidão temporária. Esqueci dos incômodos de uma vida a dois, aquelas coisinhas pequenas e irritantes do outro. Esqueci que a companhia dele e nossas saídas quase sempre já não eram prazerosas. Esqueci a dor maior que ele me fez sofrer. Esqueci o quão pequena eu tenho sido, sufocada pelo peso de assumir essa relação tão tumultuada. Me apego no bom pai, no homem educado e carinhoso, sensível ao extremo. No sexo tantas vezes evitado por mim e que agora me faz tanta falta. Na química total e completa de nós dois. Será que era?

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Como uma onda no mar...

Me foi dito que o que estou passando é assim como um naufrágio. Mais: um naufrágio numa enorme tempestade em alto mar. De repente vem uma onda enorme e me engole. Vou para o fundo, tudo rodando, uma enorme angústia, vontade de desistir e me deixar levar. Passa e consigo respirar. Daqui a pouco outra onda, mais uma reviravolta. Volto a respirar. Tenho notado que as ondas estão se espaçando e diminuindo de intensidade. Ainda me afogo em muita tristeza e angústia. Tenho dias melhores em que morro de medo do dia seguinte. Mas sinto que já estou perto da areia. Não sei ainda se o que vislumbro é mera miragem ou se a realidade. Mas vou nadando...

domingo, 10 de julho de 2011

Triste

Ontem a noite uma falsa euforia tomou conta de mim. Senti assim como se já tivesse passado o pior. Falsa impressão. Hoje foi o pior dia de todos desde o acontecido. Uma palavra me resume: triste!!!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Benjamin Button

Penso que o término de um grande amor é como uma morte ao contrário. Na hora em que percebi com toda clareza o fato, na hora que entendi tudo, morri! Meu coração parou de bater, faltou-me o ar, meu corpo todo enrijeceu. No próximo instante uma dor alucinante, uma angústia desmedida, um medo aterrorizante do que iria me acontecer. Passado alguns dias, sou hoje uma doente terminal. Assim como no filme de Benjamin Button, vivo ao contrário. Espero os dias de melhoras, seguidos pelos de pioras, aquele vai e vem dos muito doentes. Depois sei que virão os dias de doentezinha: febrículas, desânimo, dores pequenas, aquela não certeza de se estar doente. Para, enfim, ficar saudável... carregando apenas um enorme cicatriz.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Minha maior dor do mundo

Já senti dores terríveis. Dor de dente, dor do parto, dor das pedras nos rins. Nunca uma dor como essa...
Já quebrei o dente, quebrei o dedo, quebrei a cara. Mas como se cola um coração quebrado? Já gritei, me descabelei, falei com amigos até a boca secar. Mas a dor não seca. E nem diminui. Se pudesse descrever em uma palavra: DESESPERO!!! Tudo em mim grita por socorro. Cada pedacinho de mim dói. O coração explode de tanta angústia. E o medo. Medo de acordar, de não dormir, de ficar só, do futuro, do passado falso.  Vontade de dormir e não acordar. Todos me falam que vai passar. Que amanhã será sempre melhor que hoje, mas ainda não é. Acho que não tenho mais lágrimas, mas elas vem a todo momento. Emoção com amigos, com músicas, com detalhes tão pequenos que já foram de nós dois (desculpe, Roberto!). E a tristeza maior: saber que não há volta. Que não posso querer para mim alguém que não vai mudar, que tentar de novo será mais uma vez sofrer a mesma tristeza e humilhação. E como eu queria!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Nas alturas

A louca aqui comprou sandálias (no plural mesmo!!!) de saltos inimagináveis. Lógico e evidente que não consigo usá-las. Uma, linda e maravilhosa, me aperta os dedinhos como uma máquina de tortura chinesa. Outra de tão alta minha filha diz ser sandálias de travesti. Toda vez que calço implico com ela por causa do comentário. Já a terceira, outro dia tomei coragem e fui trabalhar com ela. Tudo perfeito até ter que descer do carro. Rua de paralelepípedo, eu quase me esborrachei no chão. Fui contornando o carro até chegar ao passeio segurando na lataria. O drama não terminou... restava chegar até a loja, a rua uma descida. Fui como uma japonesa, passinhos miúdos, olhos no chão à procura de uma mínima elevação no passeio. Passei o dia a me equilibrar. Descobri que definitivamente não sou uma mulher elegante!
*Já faz um tempo... as coisas mudaram um pouco por aqui. Não trabalho naquela loja, deixo o carro num estacionamento agora. Uso menos os saltos por causa do inverno. E tenho me equilibrado bem nos saltos, quando uso. O problema agora é equilibrar na vida!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Bra-Burning

A vontade é de fazer como aquelas mulheres que em 1974 se reuniram para um protesto pondo fogo em sutiãs. Ficaria bem satisfeita de fazer uma fogueirinha e colocar todos os meus para queimar. O porque da revolta é justificado pelo fato de não achar um modelo que me satisfaça. E olhe que tenho tentado... ou ficam grandes, ou pequenos, ou as alças me incomodam, ou sobra de uma lado só no bojo, ou apertam nas laterais, ou amassam os já tão amassados coitados e por aí vai. Para o ano prometo vingança: faço a plástica e mando todos eles pro inferno!!! E viva a liberdade!!!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dia internacional da preguiça

Algumas segundas-feiras passam bem vagarosamente... outras parecem que agarram que nem chicletes no asfalto quente. Hoje é uma delas! Começou com um pequeno mal-estar em casa com os filhos e a eterna luta por uma ajudinha em casa. Se estendeu no trabalho com uma preleção matinal da chefe (na segunda devia ser proibido aos chefes qualquer manifestação. Até respirar mais fundo...) e assim o dia foi se arrastando. E eu azedando! Só espero pela hora de chegar logo em casa e me enfiar debaixo das cobertas. E que se dane o mundo e a casa. Que se dane o jantar por fazer, a roupa por lavar, a bagunça da cozinha. Hoje é o dia internacional da preguiça e eu não vou deixar de comemorar.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Leitura na praça

E a minha mais nova mania é... ler na praça!!!! Já acordo pensando na hora da almoço, só pra acabar bem depressa e ir sentar no banco da praça com meu livro e ler um pouquinho. Assim tenho gastado minha horinha de almoço e um pouquinho mais que deveria. Desligo por uns instantes meu interruptor interno e fico em outro mundo. Não reparo nas pessoas ao redor, não vejo o trânsito em volta. Um bem pra alma enorme! Triste é não poder devorar mais um pouco do livro e ter que guardar para amanhã o que queria acabar ainda hoje. Qualquer dia me aventuro em ir a biblioteca pública que fica pertinho também. Difícil vai ser voltar a tempo...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cebola ambulante

Frio do cacete!!! Detesto! Não me venham com adoro o frio, as pessoas ficam tão mais elegantes. Dormir é melhor, comer é melhor, namorar é melhor. Não acho nada disso bom. Odeio acordar de manhãzinha, ter que largar o cobertor quentinho. Tomar banho um martírio. Pilha de louça acumulando na pia por puro terror de encarar a água gelada. Pés e mãos gelados o dia inteiro. E meu companheiro de trabalho teima em deixar o maldito ventilador ligado o dia inteiro. Só não liga o ar condicionado porque foi proibido. Depois que os quilos de camada adiposa e superprotetora se foram sinto um frio do cão! Quero botas, meias e casacos de lã, xales, segunda pele, luvas, boinas. Até penso em adquirir uma ceroula! Saio gorda de casa de tanta roupa, camadas e mais camadas. Uma cebola ambulante.Vantagem? Só a sopa e caldos quentinhos de noite. Ah! E sonhar com o verão. Sol, calor, praia, mar, vento........

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A espera de um milagre

De novo os rins me atacaram. Ando perdendo essa luta mas já dou cabo disso. Todo ano a mesma ladainha. Febre, dor no corpo e... internação. Dr. Rubinho Barrichello (gente!!! o doutor é a cara dele!!!) disse que vou ter que tirar um pedaço do meu rim que não funciona mais. Negociei. Por enquanto não, vamos enrolando um pouquinho... quem sabe nesses tempos de tantos santos beatificados um não resolve dar uma passadinha por aqui e confirmar seu milagre? Estou à disposição para tal. Ele concordou por enquanto mas disse que se as infecções ficarem muito frequentes não tem como escapar por muito tempo. E tome antibiótico!!! João Paulo, irmã Dulce, irmã Paulina, aqui estou eu!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Janela indiscreta

Outro dia estava no apartamento de um amigo que é cercado de prédios por todos os lados. Na minha curiosidade infinita logo desejei um binóculo. Vasculharia cada janelinha daquelas atrás de estórias que minha cabeça certamente iria imaginar. Velhos dormindo, crianças brincando, casais transando, mulheres cozinhando, jovens brigando, cachorros, gatos, passarinhos... Quem sabe um crime prestes a ser cometido?  Segredos quase bem guardados. Hitchcock me entenderia...

domingo, 15 de maio de 2011

Cruzeiro campeão!!!!

Sumi!!! mas voltei... culpa do novo emprego que me consome o dia inteirinho e também do vício maldito de jogar café mania. Prometo melhorar!!!!!!!
Hoje meu time foi campeão e meu marido deu um show à parte. Confesso que quase morri de vergonha. Sim, sofro de vergonha alheia. Quando o cruzeiro fez o primeiro gol ele foi pra janela e começou a gritar feito um louco enquanto esmurrava a parede do lado de fora. Eu quietinha no meu canto... logo depois e mais um gol. Novamente a mesma cena só que com mais intensidade ainda, se é que isso é possível. Não me contive. Reclamei que estava demais e que os vizinhos com certeza iam furar meus pneus (isso já aconteceu uma vez!). E adiantou alguma coisa? Claro que não. Jogo terminado tá lá o louco na janela de novo. Mereço!!! Pouco depois alguém começou a buzinar sem parar na garagem. Escuto o tal vizinho gritar :- Palhaço!!! Gordo idiota!!! Não me contive. Comecei a rir. Tão infantis esses homens...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Amigas

Ao acordar de manhãzinha, ainda bem cedo para ir trabalhar, deparo com a sala superlotada de meninas. Quatro!!! Três dormindo no chão em colchões, uma no sofá. A filha com as amigas. Foram comemorar os 18 anos da minha em uma boate, chegaram as tantas... Fico olhando por um tempo, as quatro. Parecem uma só e tão diferentes. Os mesmos cabelos longos, as unhas pintadas em cores duvidosas, rosto totalmente borrado de maquiagem que nem se preocuparam em tirar, os pés ainda sujos por fora das cobertas. A mesma despreocupação com o que vem por aí... Uma amorosa por demais, outra distraída, aquela é mais madura, a outra uma simpatia só. Amigas!!! Daqui a pouco vão acordar, risadas sem fim, conversa que nunca acaba. Vou trabalhar pesarosa. Queria ficar, esperar o despertar, roubar um pouco da alegria delas juntas, ouvir o que tem pra falar, rir. Tempo bom, passa tão depressa. Se naquele tempo eu soubesse que isso um dia ia acabar, segurava por mais um tantinho as minhas amigas comigo, não tinha tanta pressa em seguir meu caminho. Se foram junto com o tempo!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sozinha em casa

A filha foi dormir na casa de uma amiga... o filho saiu com os amigos... o marido trabalhando até tarde... eu sozinha em casa. SOZINHA EM CASA!!! Acendo todas as luzes, sento no computador, ligo a televisão no canal que quero, como uma bobagem qualquer. Aproveito e coloco música também. Telefono para uma amiga. Tiro toda a roupa e ando descalça pela casa. Tomo um banho de porta aberta e luz apagada. A casa aos poucos vai ficando uma zona... toalha molhada na cama, copos sujos na pia, sapato e roupa pelo chão. Não tô nem aí! Me permito hoje fazer o que quero. Penso que posso dormir agora, numa cama todinha pra mim ou ficar até quando quiser acordada, sem fazer nada mas fazendo tudo. Sei que amanhã tudo volta ao normal. Ou anormal...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Príncipe-sapo

Há muito que não acredito em beijar sapos pra virarem príncipes. Ao contrário, beijei muito príncipe que virou sapo. Preferi ficar com o meu aqui mesmo. Tem dias que é sapo, tem dias que é príncipe. Alguns dias um lorde: educado, atencioso, carinhoso, prestativo. Outros um sapo-boi: mal-educado, mal-humorado, ciumento, chato. Ponho tudo na peneira e fico com as coisas boas. Afinal, também tenho meus dias de perereca!!!

***Queria agora ter coragem de enfiar o dedo na guela e botar pra fora o maldito cachorro quente que comi inteirinho. Sinto que o rabo do cachorro está na minha garganta e o corpo está atravessado no meu estômago. Já tentei e nada... maldito olho grande!  Será que um copaço de sal de fruta resolve???

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Maior abandonada

Me sinto órfã!!!! Pior que um cachorro de rua abandonado, sarnento, desprezado por quem passa e nem olha. Um mendigo daqueles bem fedorentos, que carregam trastes imundos, e vivem rodeados de mosquitinhos. Aquela banana podre que ficou esquecida no cesto, já bem preta e ressecada. Explico: algumas de minhas queridíssimas amigas blogueiras fecharam seus blogs, restringiram suas visitas e eu nem fui convidada. Eu que acompanhava aquele dia-a-dia, as crises, as conquistas, a barriga de uma que já deve estar enorme (quem sabe até já nasceu?), os dias bons e outros nem tanto assim, o corte novo de cabelo, a roupa nova comprada, a gracinha do filho, o cachorrinho, o papagaio, o periquito, maridos chatos, filhos emburrados, TUDO!!!  Me sentia assim tão próxima que se encontrasse com alguma numa esquina dessas da vida, dava o braço e ia rua afora conversando como se tivesse sido ontem nossa última conversa. Mas foram-se e não abanaram nem o rabinho. Casaram e se mudaram sem deixar ao menos um bilhetinho. Magoei!!!

domingo, 10 de abril de 2011

Sacolas e mais sacolas

Eu gostaria imensamente de chegar do trabalho e descer do carro carregando apenas a minha já tão pesada bolsa. Não passa um dia sequer em que além dela, também tenha que carregar algumas sacolas e outras coisitas más. E percebo que não sou só eu. Quando encontro com a vizinha na garagem vejo que ela também tem sempre mais alguma coisa nas mãos. E noto que isso aconteceu depois que me casei e tive filhos. Será isso uma praga que acomete as mulheres casadas???

domingo, 3 de abril de 2011

A queridinha do sogrão

Surpreendo-me ao chegar na casa do sogro e ele reclamar da minha ausência por tanto tempo. Depois que comecei a trabalhar o dia todo só tenho ido lá aos Domingos, e como no Domingo anterior fui almoçar com minha mãe, fiquei longe por duas semanas. Surpresa por ele sentir minha falta. E alegre, muito alegre!!! Meu sogro é uma pessoa fechada e avessa a demonstrações de carinho, então me senti super-amada com essa cutucada por não ter aparecido por lá por tanto tempo. Quer dizer que ele sente minha falta? Que ele gosta de mim? Que ele me perdoa por ter casado com o único filho dele e por não ser a esposa maravilhosa, uma completa Amélia, que o filho dele tanto sonha? Que ficar longe de mim por tanto tempo foi uma tortura horrorosa? Que ele me ama terrivelmente??? Melhor para por aqui, já estou delirando... isso de ser a queridinha já está me subindo a cabeça!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Teatro

Fui ao teatro com a filha. Algo me dizia que o melhor era ficar em casa e descansar, mas a sopa de canela de cachorro que tomei quando criança faz efeito até hoje! Então ignorei o meu sexto sentido e fui. Foram as horas mais longas da minha vida... Olhava o relógio de minuto em minuto e até cochilei durante a peça. Achei tudo horrível: figurino, atores, música (sim, era um musical!!!), cenário. No final, bati palmas frenéticas pelo alívio de ter terminado a tortura. Saí rapidinho, sem nem querer saber da degustação que ia ter no final. Comento com a filha o tanto que achei ruim.  Não tenho o seu apoio. Não é que ela adorou????????

sexta-feira, 18 de março de 2011

Aprendizado difícil

Saí pra comer uma pizza com o marido. Pizza pequena de quatro pedaços, massa bem fininha. Pedi uma Coca Zero (maldita!!!), marido um chopp. Garçon foi logo servindo um pedaço pra cada um. Assim que vi o meu pedaço no prato já pensei que ia comer outro. Cabeça de gordo é uma coisa difícil de mudar, nem tinha comido um e já estava pensando no próximo e também na sobremesa. Mal comi meu pedaço e não aguentava mais. Soluços mil e corri pro banheiro. Voltei pra mesa toda jururu... A Coca pela metade, marido no terceiro pedaço tratou logo de beber o que sobrou. Só queria ir embora o mais rápido possível. Ainda aprendo a me comportar feito uma lady!

terça-feira, 15 de março de 2011

Ciúme, ciúme, eu me mordo, eu me rasgo, eu me acabo...

Cheguei em casa com o cabelo todo molhado. Não foi por causa da pouca chuva que apanhei, mas sim por uma goteira gigante que descia pelo telhado de uma casa na rua e eu desavisada não vi. Passei bem embaixo dela e... o estrago tava feito. Já pensei que ao chegar em casa o marido ciumento ia perguntar se eu não estava no motel(!!!). Para minha surpresa, no nosso encontro, o molhado era ele. Por sinal, com o cabelo bem mais molhados que o meu. Será???

segunda-feira, 14 de março de 2011

Dietas...

Achei que nunca mais ia passar por isso, mas me vejo novamente tendo que controlar a boca maldita. Engordei um pouco desde as festas de fim de ano e antes que a vaca vá para o brejo, resolvi correr atrás do prejuízo. Não é bem uma dieta, apenas resolvi cortar os doces (um pouco pelo menos!), deixar de comer biscoitos e afins. Realmente operamos o estômago, mas a cabeça continua a mesma. Quanto a exercícios físicos a coisa tá difícil. Com meu novo horário de trabalho só penso em chegar em casa e ficar quietinha. Mas prometo melhorar e começar a fazer minhas caminhadas. Hoje não!!! Tá chovendo e desculpa melhor do que essa não tem!!!

domingo, 13 de março de 2011

Carnaval da meia idade

As "meninas"
Não tive digamos assim um grande carnaval. Não saí em nenhuma escola de samba, sonho adiado mais uma vez. Não viajei, não vi sombra alguma de carnaval pois fiquei aqui mesmo em BH e carnaval aqui é coisa pra assistir na televisão e olhe lá... O máximo de folia que fiz foi ir a um bloco de carnaval do meu bairro mesmo. Lá tirei a barriga da miséria e me esbaldei. Mas... amigas reunidas sempre é mais que ótimo! Fizemos nossa foliazinha particular e nos divertimos a valer. Valeram as risadas sem fim e os retratos que ficaram para recordação.

Márcia, eu, Nádia e Rita
Cabelo falso

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Clarice

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa.
Não altera em nada.
Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas.
A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
(Clarice Lispector)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Calor de louco!!!!

Verdade que já não sinto mais aquele calor que sentia antes. Os quilos perdidos regularam meu termostato e o verão voltou a ser a minha estação preferida. Mas assim também anda demais!!!! Aqui nas Minas Gerais não chove a mais de 40 dias (ou mais) e o calor não anda dando trégua. Olho para minha cunhada que trabalha ao meu lado e ela está minando suor. A patroa reclama todo dia. Meu marido apossou-se do ventilador e mal sai do banho e se posta em frente dele. A filha reinvidica o seu próprio ventilador e mais de uma vez já ouvi ela e o irmão discutindo pela posse do único aparelho que tem por aqui. Eu, uma lady devidamente controlada, por esses dias ando querendo por fogo nos meus bodys que viraram minha segunda pele. Só quero chegar em casa, tirar toda a roupa, tomar um belo banho e vestir nada. No máximo uma camisolinha bem velha e larga. Sonho com a plástica que vai levar embora as peles que sobraram e me livrar de vez destas infames cintas!!!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tentando voltar ao normal

Sim, eu sei que sumi!!! Mas a verdade é que nos últimos tempos minha vida deu uma virada de 360°. Voltei da praia depois de um longo período de férias. Voltei deprê, querendo ficar para sempre lá. Chutar o balde, levar uma vida simples, sem correria. Isso sempre acontece quando volto de férias. Vontade de ficar para sempre onde eu estava... Mas a realidade é bem outra! Sei que já cheguei e pedi demissão do meu emprego de quase 14 anos. Mais que na hora! Agora trabalho o dia inteiro, almoço por lá mesmo, mas estou bem mais feliz. Pode ser que seja por ser o início, mas estou otimista, querendo trabalhar muito. Meu filho também  está de volta!!!! Maior alegria do mundo! Passou em 1º lugar num concurso para a UFMG, que só tinham duas vagas. Podem imaginar o orgulho da coruja aqui? Tô quase explodindo... A redução continua na mesma. Na mesma não. Engordei uns bons 3 quilinhos que não querem me largar. Nem os almoços saladais estão adiantando. Culpa do maravilhoso brigadeiro que servem no restaurante ao lado do lugar que trabalho...